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Projetos Fotovoltaicos: On-Grid, Off-Grid e Híbrido. Qual o ideal para você?

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Entender a diferença entre os tipos de sistema fotovoltaico é o primeiro passo para garantir que seu investimento em energia solar atenda exatamente às suas expectativas. Basicamente, a diferença está na forma como o sistema interage (ou não) com a rede elétrica pública.

1. Sistema On-Grid (Conectado à Rede)

É o tipo de sistema mais comum no Brasil, especialmente em áreas urbanas.

 

Como funciona?

O sistema é conectado diretamente à rede de distribuição da concessionária de energia local.

  1. Os painéis solares geram energia em corrente contínua (CC).

  2. O inversor On-Grid converte essa energia para corrente alternada (CA), o padrão usado em residências e empresas.

  3. A energia gerada alimenta o consumo do imóvel.

  4. Se a produção for maior que o consumo, o excedente é injetado na rede elétrica, gerando créditos de energia que podem ser usados para abater o consumo em meses futuros ou durante a noite (conforme a Resolução Normativa 1.059/2023 da ANEEL).

  5. À noite ou em dias nublados, quando a produção é baixa ou nula, o imóvel consome energia normalmente da rede da concessionária.

Vantagens:

  • Menor Custo de Investimento: Não necessita de um banco de baterias, que é um dos componentes mais caros de um sistema solar.

  • Retorno Rápido do Investimento (ROI): Devido ao menor custo inicial e à grande economia na conta, o sistema se paga mais rapidamente.

  • Sem Limite de Energia: A rede elétrica funciona como uma "bateria virtual" infinita. Você nunca ficará sem energia.

Desvantagens:

  • Não funciona durante quedas de energia: Por segurança (sistema anti-ilhamento), o inversor desliga automaticamente quando a rede pública cai, para evitar acidentes com os técnicos de manutenção da concessionária.

  • Dependência da Concessionária: Você ainda está conectado à rede e sujeito ao pagamento da taxa mínima e outras tarifas.

Ideal para: Residências, comércios e indústrias em áreas urbanas que buscam principalmente reduzir a conta de luz e ter um investimento com retorno mais rápido.

 

 

2. Sistema Off-Grid (Isolado ou Autônomo)

Este sistema é a solução para a independência energética total.

Como funciona?

O sistema é 100% autônomo e não tem nenhuma conexão com a rede elétrica.

  1. Os painéis solares geram energia.

  2. Essa energia passa por um controlador de carga, que gerencia o carregamento das baterias.

  3. O banco de baterias armazena a energia excedente para ser usada quando não há sol (noite ou dias chuvosos).

  4. O inversor Off-Grid converte a energia das baterias (CC) para corrente alternada (CA) para alimentar o consumo.

Vantagens:

  • Autonomia Total: Independência completa da rede elétrica. Adeus, contas de luz e reajustes tarifários.

  • Energia em Qualquer Lugar: É a única solução viável para locais remotos onde a rede elétrica não chega (sítios, ilhas, áreas rurais).

  • Funciona Durante Apagões: Como não está conectado à rede, seu fornecimento de energia é ininterrupto, desde que as baterias estejam carregadas.

Desvantagens:

  • Custo de Investimento Muito Mais Alto: O banco de baterias e o controlador de carga elevam significativamente o custo inicial.

  • Manutenção e Vida Útil das Baterias: As baterias têm uma vida útil limitada (geralmente de 5 a 15 anos) e precisam ser substituídas, gerando um custo futuro.

  • Energia Limitada: A quantidade de energia disponível é limitada pela capacidade do seu banco de baterias. É preciso dimensionar o sistema com cuidado para não ficar sem energia.

Ideal para: Locais remotos, aplicações críticas que não podem ficar sem energia (antenas de telecomunicação, sistemas de bombeamento de água) e para quem busca total independência energética.

 

 

3. Sistema Híbrido (O melhor dos dois mundos)

Como o nome sugere, este sistema combina as características dos sistemas On-Grid e Off-Grid.

Como funciona?

Ele é conectado à rede elétrica (como o On-Grid), mas também possui um banco de baterias para armazenamento (como o Off-Grid).

  1. O sistema funciona primariamente como um On-Grid, consumindo a energia gerada e injetando o excedente na rede para gerar créditos.

  2. No entanto, o inversor híbrido pode ser programado para direcionar parte da energia para carregar um banco de baterias.

  3. Em caso de queda de energia, o sistema se desconecta automaticamente da rede pública e passa a usar a energia armazenada nas baterias para alimentar cargas essenciais (geladeira, iluminação, internet).

Vantagens:

  • Segurança e Economia: Oferece tanto a redução na conta de luz (como o On-Grid) quanto a segurança de ter energia durante um apagão (como o Off-Grid).

  • Flexibilidade: Permite otimizar o uso da energia. Por exemplo, pode-se programar para armazenar energia quando a tarifa é mais barata e usá-la nos horários de pico.

  • Independência Parcial: Reduz ainda mais a dependência da rede, mesmo estando conectado a ela.

Desvantagens:

  • Custo de Investimento Mais Elevado: É a opção mais cara, pois combina componentes de ambos os sistemas (inversor híbrido e baterias).

  • Maior Complexidade: A instalação e a configuração são mais complexas.

  • Manutenção das Baterias: Assim como no Off-Grid, as baterias precisam de manutenção e eventual substituição.

Ideal para: Residências e empresas em locais com quedas de energia frequentes, ou para operações críticas (hospitais, data centers, supermercados) que precisam de fornecimento ininterrupto, mas também querem aproveitar os benefícios dos créditos de energia.

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